quarta-feira, 3 de março de 2010

DIFÍCIL

Muitas vezes lendo antigos textos meus, tenho que repassar as frases para tentar entender o que eu queria dizer naquela época.
E na maioria das vezes não entendo. Acabo elaborando outra interpretação para aquilo tudo que está escrito e fica o dito pelo não dito.
O estado de espírito influencia a objetividade dos textos né?!
Eu tento sempre ser muito objetiva, dizendo exatamente o que penso na hora que escrevo. Porém, alguns meses depois, leio tudo aquilo e tudo aquilo me diz coisas completamente diferentes do que eu estava pensando na ocasião da escrita original, gerando uma subjetividade absurda.
Deduzo então que: ninguém entende o que eu falo!
Se nem eu mesmo entendo o que era perfeitamente entendível quando eu estava falando da primeira vez, deduzo que as pessoas interpretam livremente e sem objetividade alguma o que estou dizendo agora, em tempo real.
Complicado né!?

2 comentários:

  1. Rose. Acho que eu sou o único que entendeu a profundidade desse teu post!
    Até porquê, sou o primeiro a comentar esse post...
    Ninguém entendeu, porquê de um modo geral, nós tendemos a entender apenas aquilo que nos interessa.
    Quando digo nós, me refiro ao ser humano em geral, já que meu entendimento de tudo que leio, busca sempre desvendar qual a real intenção do autor que redigiu o texto. Porém, sei que faço parte de uma minoria.
    Somos um reflexo de nossa história. Um texto lido hoje é diferente do que foi lido há seis meses, porque somos diferentes do que éramos há seis meses, o que não quer dizer que o autor mudou sua opinião nestes seis meses.
    Muda como o artigo nos afeta em detrminados tempos de nossas vidas.
    Esse é o motivo que me faz ler, reler, treler, quadreler, tudo aquilo que me interessa ou agrada, pois um artigo legal sempre será novo e legal durante toda minha vida.
    Leio sempre seu blog por isso. O post do porrete bávaro já li umas 8 vezes. Heheheheh

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  2. Zigue, a opinião da gente não muda, mas às vezes eu releio algumas coisas e fico pensando que devo ter batido com a cabeça na época em que escrevi certos textos. Eu continuo achando as mesmas coisas, mas não seria capaz de reproduzir alguns textos e nem de reconhecê-los como sendo meus.
    Acho que quando escrevo certas coisas eu recebo o Santo Dedos de Misericórdia, em alusão ao local onde contraí essa loucura mental - é redundante mas não consigo ser mais clara hehe.

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