segunda-feira, 25 de abril de 2011

Maria Tatame - por Luna

Pratico atividade física visando ao bem-estar. Costumo dizer, com freqüência, aquilo que se faz pela saúde acaba por brindar a estética, benefícios adicionais e muito bem-vindos, afinal, vaidade não é pecado. Ainda mais em se tratando do sexo frágil. Tão frágil este sexo que pratica com regularidade e disciplina atividade aeróbica, musculação, desenvolve consciência corporal e, de quebra, diverte-se. Desenvolvi nos últimos anos uma curiosidade pela defesa pessoal, curiosidade transformada aos poucos em uma de minhas paixões. Nada a ver com artes marciais, elegância ou ética. Luta mesmo, corpo a corpo, que vença o melhor. Em razão de certa dificuldade em encontrar o instrutor ideal, iniciei com aulas de boxe. Fantásticas. Devo dizer que isto se deve ao Ricardo. Mais esta, obrigada, muito obrigada. Ao Ricardo.
De início sem o mínimo jeito para a coisa, aprendi o que era um golpe direto, cruzado, gancho e me envolvi em cada execução de exercícios, às vezes imaginando um adversário real, às vezes nem isso. Como preocupação apenas não me machucar. Apaixonante, sem dúvida. Desta forma foi que também aprendi o significado direto da palavra endorfina. Recomendo a todas as pessoas, agitadas ou simplesmente estressadas, ou ainda a pessoas casadas de boa índole que jamais, jamais pensariam em fazer algum mal ao parceiro.
Há algumas semanas, para deleite dos assíduos, compareceu ao ringue ninguém menos que Popó, Acelino Popó,expressão maior do pugilismo nacional e hoje deputado federal pela Bahia. Pois bem, enquanto trocava de roupa no vestiário, preocupada em usar alguma peça mais estruturada e que não me limitasse os movimentos, deparei-me com uma cena, no mínimo, cômica. Algumas jovens e belas praticantes estavam a se maquilar. Naturalmente aguardavam pelas emissoras de televisão, desnecessário comentar sua presença diante das câmeras.
Acho que sou extra-terrestre.

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