domingo, 8 de janeiro de 2012

MEU PRIMEIRO CELULAR

Outro dia estava pensando no meu primeiro celular...
E uma das primeiras pessoas para quem telefonei na época foi meu amigo Raul. Uma época em que o celular, artigo para poucos, era visto até mesmo como sinônimo de bom status social.
Meu primeiro celular foi adquirido alguns passos mais moderno do que aqueles velhos trambolhões que nos impeliam a atender praticando yoga, e ficando nas mais variadas posições para que o sinal chegasse. Uma vez vi uma pessoa com a cabeça entre as próprias pernas e segurando o celular na orelha esquerda, mas com a mão direita, batendo o maior papo num moto contínuo, como se esta posição fosse a mais confortável do mundo. 
Enfim, pulei essa fase da evolução deste magnífico aparelho.
Mas como ia dizendo, com meu amigo Raul foi uma das primeiras conversas telefônicas de que me lembro, com a autonomia de meu próprio aparelho. A única inconveniência, na época, era o fato de que um falava e o outro ouvia, bug que até hoje não foi resolvido na transmissão celular.
Assim como na transmissão por rádio, não podemos falar ao mesmo tempo. Até hoje! O que não ocorre no telefone convencional. Outro dia estava conversando com um amigo e ele falava sem parar, sem me dar brechas para comentar, e eu adoro comentar!
Mas o que mais me incomoda mesmo, e na época me lembro de ter falado isso ao Raul já na nossa primeira conversa, é o fato de não podermos rir juntos! E me lembro como se fosse hoje de meu amigo me dizendo: pode rir porque eu também estou rindo! E assim, rimos juntos por celular, um déficit eletrônico que ninguém mais repara hoje em dia.

2 comentários:

  1. É, ninguém percebe estas sutilezas que diferem o celular da telefonia fixa, mas, falando de sinal, o reservado do vestiário do centro cirúrgico da Santa era ótimo!!! (essa foi do fundo do baú, mas aconteceu comigo)

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