domingo, 10 de junho de 2012

Mulheres possíveis

Neste fim de semana prolongado que se encerra hoje, fiz algumas tentativas frustras de atentar violentamente à minha própria carteira (senão a minha, a de quem mais!?). Alegria de pobre e de remediado dura pouco, então, foi com certo desdém por parte dos vendedores que percebi que algumas supostas grifes só tem em suas araras tamanhos P e PP.

Nada disso, não sou G. Médio cai muito bem, embora meu peso (que palavra horrorosa) oscile bastante. E não, nunca usei XL muito menos XXL, mas saliento que, de qualquer maneira, jamais fiz do corpo minha profissão. Aliás, não tenho nada contra àquelas que o fazem, só não faz a minha cabeça.

Um parêntese que coloco é que, apesar de às vezes estar mais roliça, às vezes nada roliça, nunca tive dificuldade em iniciar um (bom) diálogo com o sexo oposto. Digo que o appeal de deusa afasta qualquer mortal, e não me coloco acima de nenhum deles (exceto, lógico, aqueles que acham coisa normal cutucar o nariz, comer com as mãos em público, essas coisinhas banais). Minha auto-estima não é das piores, portanto.

Também não consegui entender porque colocam adolescentes marcados pela acne característica da idade e colados ao celular para atenderem – sozinhos - em lojas hipoteticamente voltadas para a classe A. Os públicos B, C, D e E também merecem um atendimento que não seja inclassificável, concordam? O ato de trabalhar com raiva não rende piadas ao serviço público? Pois é...

Em boutique de luxo espera-se que as atendentes tenham o mesmo manequim das roupas size zero que revendem...Tatuagens são admitidas para as descoladas. Já para as tradicionais...deixa pra lá.

E, na contramão do meu afortunado (para o bolso) passeio pelo shopping, deparei com a Vogue. Cartilha do luxo fútil (atire o primeiro Louboutin quem não gosta!), deste mês em diante só estampará modelos que tenham uma relação peso e altura considerada salutar. Size zero, nunca mais. Quem viver, verá.

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