terça-feira, 15 de dezembro de 2009

CONSIDERAÇÕES SOBRE A GENÉTICA

A variedade genética está aí para satisfazer a infinidade de gostos pessoais.
A multiplicidade de combinações possíveis gera uma gama infindável de genótipos que ainda podem ser variados depois de prontos, com a criação de uma imensa quantidade de fenótipos.
Apesar das muitas combinações possíveis não posso deixar de notar a mesquinha tendência do ser humano a se agrupar em pequenas formações semelhantes, adotando fenótipos semelhantes e comportamentos semelhantes, tirando toda a graça inerente à capacidade genética de combinações.
Pra que tanta combinação se os caras vão se agrupar?
E os que não se agruparem provavelmente serão considerados fora do padrão estético, com grandes chances de serem colocados à margem da sociedade...
A tendência natural à união em grupos estruturados, com semelhança entre os participantes, faz com que a evolução genética e a multiplicidade maravilhosa de combinações perca um pouco a graça.
Por isso lanço aqui uma campanha de voltarmos a ser quem somos, de não obedecermos a padrões estéticos - e não estou aqui defendendo o meu ganho de massa corpórea! tem gosto pra tudo... NÉÉÉ???
Acho que o mundo se beneficiaria com uma variedade maior de pessoas não grupalizadas... pelo menos ia ser muito mais divertido!

3 comentários:

  1. Minha doce missivista,
    Embora o agrupamento aparente ocorrer em virtude da genética, se dá na verdade por conta da neurose...por outro lado curiosamente há que se notar que pessoas que convivem juntas acabam ficando fisicamente parecidas, para não falar em animais que acabam adotando a personalidade do dono...
    Não devemos esquecer de notar os indivíduos que emitem e outros que absorvem padrões de humor e até sotaques...eu sofri desgraçadamente por anos com isso...peguei um sotaque caipira e mais tarde um sotaque curitibano que demoraram anos para desaparecer...
    A dificuldade em não grupalizar está justamente na necessidade humana de buscar nos outros algum endosso para os pensamentos, atitudes e escolhas que temos e fazemos...
    Pouca gente reage emocionalmente por vontade própria...riso e choro também estão padronizados..

    ResponderExcluir
  2. Caro Loopy, deduzo então que sofremos de algum tipo de insegurança coletiva... ou seria insegurança individual?
    Tenho que confessar que também padeci de uma gagueira induzida pela coletividade que me custou muito a desaparecer.
    É o inconsciente levando ao agrupamento, como se fôssemos camaleões - lembra do Zelig?
    Quem sabe a genética se contradiz introduzindo um gene específico que determina o contrario da diversidade para contrabalançar e preservar a espécie do... ridículo?! Ou seria o ridículo "cool"?
    Putz, acho que essa relativização das coisas tá me deixando meio confusa...

    ResponderExcluir
  3. Confusa missivista,você mesma clareou a idéias com o seu texto sobre originalidade...estamos envolvidos por um consciente coletivo que enjaula tudo...até as nossas mais belas melodias compostas aos assovios no meu do trânsito...

    ResponderExcluir