sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Brometo de Ipratrópio

Existe um complô da comunidade farmacêutica pra complicar a vida dos médicos. Principalmente dos estudantes de medicina. Esse complô se esconde entre os nomes científicos e os nomes comerciais dos medicamentos. (fora o rolo entre medicamento genérico e nome genérico de medicamento. Isso fica pra outro dia)
 Certeza que em toda indústria farmacêutica existe uma seção única e exclusiva pra escolher os nomes dos medicamentos causando o maior tipo de confusão possível pra quem vai prescrevê-los. Isso é pensado, eu tenho certeza, é feito pra gerar confusão e vender mais remédios. imagino meia dúzia de tios do pavê (É pavê ou pacumê) de jaleco criando nomes e rindo da nossa cara.
Preste bem atenção, nenhum remédio tem um nome simples como batata, ou torresmo. É etexilato de dabigratana, cetorolaco de trometamina, ácido azoledrônico que depois levam nomes comerciais diferentes dependendo do laboratório que criou o medicamento. Aí viram  toragesic, aclasta, pradaxa.  (tente descobrir qual é qual).
Decoreba pura cara, não tem lógica, não faz sentido.
Tem aqueles em que os nomes são parecidos: Cefalotina, cefazolina, cefepima, cefalexina, ceftazidima, ceftaxima, todos antibióticos, alguns com indicações parecidas, outros completamente diferentes. Nem precisa dizer que os nomes comerciais não tem nada a ver com os científicos. keflin, kefazol, maxcef, keflex, fortaz, claforan, esses na ordem.
E os impronunciáveis então? SECUQUINUMABE. Imagine isso numa letra de médico! E quando o paciente passa em consulta e você pergunta o que ele está tomando? sequi... seca... secuniqui... aaah Dr. é um branquinho da caixa com uma faixa vermelha.
 Os pacientes já não conseguem pronunciar densitometria, imagine secuquinumabe, oxaminiquini, rivaroxabana.
Saudades da época do chá de erva cidreira...

Um comentário:

  1. Faz tanto tempo que não visitava o blog que só hoje acabei lendo este texto... fenomenal!! Adorei. Não sei quem postou, mas achei o máximo!!

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